Dia Mundial do Meio Ambiente – reflexão sobre a preservação da vida


Em 05 de junho comemora-se o Dia Mundial do Meio Ambiente, data criada durante a Conferência de Estocolmo em 1972, com o objetivo de conscientizar a população mundial sobre os temas ambientais, principalmente, aqueles que dizem respeito à preservação.  Essa data é celebrada em mais de 100 países. Mas será que temos algo para comemorar?

A resposta está no estudo realizado pelo Instituto Imazon. No Brasil, segundo o Imazon, em um ano, o desmatamento na Amazônia aumentou mais de 200%. Foram derrubados 1.700 quilômetros quadrados de floresta nativa, entre agosto de 2014 e fevereiro deste ano. Em comparação com o período anterior pesquisado, houve um aumento de 215%. A área desmatada é maior que a cidade de São Paulo e os estados que mais desmataram foram Pará, Mato Grosso e Rondônia. O maior índice de desmatamento ocorreu em áreas particulares, para o uso da pecuária, agricultura e a grilagem de terras.

No sudeste do país a população sofre com a falta de água, crise gerada pela falta de chuvas e descontrole no uso da água pela população e indústrias. Para muitos especialistas o colapso de abastecimento de água que sofre o sudeste brasileiro é causado pelo desmatamento em locais como Amazonas, Pará, Rondônia e Mato Grosso, já que as chuvas oriundas dessa da região é que abastecem as cabeceiras e nascentes dos rios do Sudeste.

O desmatamento é também apontado como uma das causas da mudança climática que atinge a terra. Nos últimos anos, houve uma elevação da temperatura em regiões tropicais, como é o caso do Brasil, e baixíssimas temperaturas em regiões da Europa e América do Norte. Isso tudo é decorrente da alteração do clima, causado por desmatamentos, emissão de gases poluidores e falta de políticas públicas no controle dessas causas.

Várias conferências foram realizadas entre os representantes dos países desenvolvidos e os em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, para chegarem a um acordo sobre as formas de combater os fatores que alteram o clima, e que, consequentemente, atingem milhares de pessoas pelo mundo afora.

Mata Atlântica – Levantamento da Fundação SOS Mata Atlântica, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe),  alerta que o desmatamento caiu 24% no período de 2013 a 2014, em comparação ao período de 2012 a 2013. A Mata Atlântica atinge 17 estados brasileiros, do Rio Grande do Sul ao Piauí.

Em todo o país, foi desmatada uma área de 183 km² entre 2013 e 2014. No período anterior, entre 2012 e 2013, foram desmatados 239,5 km² dos remanescentes florestais.  O estado do Piauí foi o que mais desmatou nesse período, derrubando 56 km² da mata.

O desmatamento em áreas brasileiras tem sido frequente pelo país afora e os que desmatam alegam que é preciso aumentar as áreas para a agricultura e pecuária.  Diante de tanto desmatamento descontrolado, foi votado um novo Código Florestal, que completou três anos, mas até agora houve pouco avanço em sua efetiva implantação. O Código prevê que todas as propriedades rurais estejam inseridas no Cadastro Ambiental Rural, mas até agora poucos proprietários participaram do Cadastro, e o Ministério do Meio Ambiente acabou por prorrogar o prazo até 2016.

Legislação – Segundo dados do Serviço Florestal Brasileiro, 1,4 milhão de imóveis estão no sistema nacional – desses, 45% indicaram intenção de entrar em um programa de recuperação ambiental. Pará, Mato Grosso do Sul, Rondônia e Espírito Santo ainda não integraram seus sistemas à base federal. Muitos agricultores alegam que ainda não sabem direito o que determina o Código Florestal, e isso acaba por inibir o cadastro junto ao Ministério do Meio Ambiente.

Para ser aprovado no Congresso o Código Florestal gerou grandes debates dos parlamentares que apoiam e dos que são contra ao texto. Há grande divergência entre as bancadas do agronegócio e dos ambientalistas. A bancada parlamentar que representa o agronegócio alega que perdem com as áreas que devem ser preservadas (cotas de Reserva Ambiental) das propriedades rurais, pois precisam ocupar essas áreas para a agricultura e a pecuária. Já a bancada ambientalista é totalmente a favor das Cotas de Reserva Ambiental, para preservação dos mananciais, das nascentes e da biodiversidade.

Quanto ao slogan deste ano instituído pela ONU – Organização das Nações Unidas “Sete bilhões de sonhos. Um só planeta. Consuma com moderação.”, é um alerta de que as pessoas devem ter controle sobre o consumo dos recursos naturais do planeta, consumir com moderação e de forma sustentável. O planeta já tem muitos dos seus ecossistemas esgotados e com o aumento da população nas próximas décadas, teremos graves consequências que interferem na vida das pessoas.

Fonte: Observatório do terceiro setor.
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